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A sepse neonatal se divide em precoce, quando ocorre nas primeiras 72 horas de vida do recém-nascido (RN), e em tardia, quando acontece após esse período. Essa divisão se dá, principalmente, pelos diferentes agentes microbianos responsáveis por cada um desses quadros infecciosos. A sepse precoce acontece principalmente por bactérias da flora vaginal materna, sendo assim os seus principais agentes etiológicos incluem:
- Streptococcus agalactiae (do grupo B)
- Escherichia coli (da comunidade)
- Listeria monocytogenes
Já a sepse tardia, por sua vez, tem como agentes etiológicos a flora hospitalar. Em geral, as bactérias mais comuns são:
- Staphylococcus epidermidis (no RN, não é considerada contaminação)
- Staphylococcus aureus
- Bacilos Gram Negativos hospitalares – E. coli, Serratia, Pseudomonas etc
Existe, porém, uma terceira entidade de sepse neonatal, que é a de causa fúngica, geralmente mais frequente concomitante ao período da sepse tardia. Seus agentes infecciosos geralmente são:
- Candida albicans
- Candida não albicans – glabrata + parapsilosis
A importância de compreender as diferentes etiologias reside na implementação do adequado tratamento, visto que cada tipo de sepse requer uma combinação de antimicrobianos específica.