Concentrado de plaquetas na pediatria

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Os concentrados de plaquetas são os hemocomponentes frequentemente utilizados na pediatria. Eles são derivados da centrifugação do sangue total e podem salvar vidas em situações de urgência e emergência. 

As plaquetas participam da coagulação e cicatrização, auxiliando a evitar sangramentos. Ela é especialmente importante durante a prematuridade, onde o risco de sangramento para sistema nervoso central é maior .

Os pacientes abaixo de 4 meses são os mais transfundidos na faixa etária pediátrica. As principais indicações de transfusão de plaquetas nesse grupo são:

  • <20.000 – sempre;
  • <50.000 – se doente ou hemorragia periintraventricular;
  • <100.000 – prematuro na primeira semana de vida ou cirurgia.

Já nos pacientes acima de 4 meses, as principais indicações de transfusão de plaquetas incluem:

  • <10.000 – sempre;
  • <50.000 – se sangramento ou cirurgia;
  • <100.000 – se sangramento em sistema nervoso central.

Vale ressaltar que na pediatria recomenda-se, se possível, aliquotar o sangue de um mesmo doador (quando se prevê que o paciente poderá precisar de novas transfusões), de modo a expor a um menor número de doadores possível. Além disso, a escolha deverá ser feita com base à tipagem sanguínea ABO e Rh. Também se recomenda filtrar o sangue para remover até 99% dos leucócitos e irradiar para impedir a proliferação dos leucócitos remanescentes, de modo a diminuir o risco de reações indesejadas, tais como, doença enxerto vs. hospedeiro. 

A dose habitual da transfusão de plaquetas em pediatria é de 10 a 15mL/kg EV em acesso venoso calibroso (periférico ou central) e deve-se correr em até 30 minutos.